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RESSONÂNCIA NUCLEAR MAGNÉTICA CRÂNIO - ENCEFÁLICA

    O meio de investigação diagnóstico por imagem conhecido como ressonância nuclear magnética (RNM) é um exame diagnóstico não-invasivo, onde ao contrário do raios-X, ou da tomografia computadorizada, as imagens são criadas usando um campo magnético, sob ondas de rádio e um computador, tornando-se capaz de demonstrar as eventuais anormalidades existentes nos tecidos moles, músculos, articulações, ligamentos, disco intervertebral, tecido do sistema  nervoso central  tais como nervos, vasos, o tecido cerebral, o sistema liquórico, etc. A RNM é capaz de construir  várias camadas crânio-encéfalo, da  coluna vertebral-medula, a partir  dos chamados cortes em planos anatômicos com visualização nos planos:  axial - coronal, e  sagital, para melhor entendimento da  anatomia normal, e suas  alterações.
 

    A RNM trouxe um conhecimento  anatômico e fisiopatológico enorme  das  doenças  apresentadas  pelo  homem e pela  mulher, e tornou-se essencial a  sua  realização para diagnóstico das  doenças principalmente do sistema nervoso  central e  da coluna vertebral, músculos, nervos, etc, e trouxe  uma grande  contribuição nos  conhecimentos  da evolução fisiológica - anatômica do homem e  da mulher.

    O estudo de  RNM possibilita ao médico que ele visualize seu crânio, o cérebro, a coluna vertebral, medula, nervos, etc, à partir de imagens realizadas sequencialmente, através de várias camadas do corpo humano em cortes anatômicos, e assim auxiliando  no diagnóstico dos  tumores, traumatismos cranianos e da coluna  vertebral, acidente vasculares encefálicos (isquêmicos e hemorrágicos), hérnias de disco, doenças desmielinizantes, má formações  vasculares, encefalites, infecções da coluna vertebral (espondilodiscites),etc. A ressonância magnética produz imagens que permitem determinar o tamanho e a localização de um tumor bem como a presença de metástases, etc.

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Ressonância Crânio-Encefálica-imagem sagital -Tumor frontal (Meningeoma)

    A RNM  trouxe uma contribuição excepcional em conhecimento das estruturas do sistema  nervoso central sem conseguirmos dimensionar,  e no que  tange principalmente  aos neurocirurgiões como o crânio-cérebro e a coluna vertebral-medula, e assim possibilitando resultados  positivos expressivos  nos resultados dos tratamentos clínicos e cirúrgicos realizados. Na especialidade neurocirúrgica os estudos são realizados na região do crânio e da coluna vertebral

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 Ressonância  N. Magnética Crânio-encefálica - Programação de  neuro-navegação para  cirurgia craniana (neoplasia cerebral)

   O que o exame  não irá  visualizar: Não há muito o que a RNM não demonstre. No entanto, o raio-X auxilia em detalhes  sobre o tecido ósseo diferentemente da RNM.
 

   Nas patologias que decorrem de situações como fraturas ou destruição óssea por infecção ou tumor, ainda dependemos de grande contribuição da tomografia, ou seja, muitas vezes dependemos do raio-x, da tomografia, e da RNM para  esclarecimentos  diagnósticos.

   Como é realizado o exame de RNM: Durante a realização de uma ressonância nuclear magnética, o paciente deverá manter-se deitado sobre uma mesa que desliza em uma máquina com um túnel grande e redondo. O scanner deste equipamento, realizará  muitas imagens que serão assistidos, e acompanhados por um técnico/e ou  um biomédico. O scanner de RNM muitas vezes apresenta-se  com  um  som incômodo, o qual poderá  ser minimizado. O túnel que  se deita incomoda alguns pacientes que são extremamente claustrofóbicos.  Muitos  pacientes  necessitam de realizar o exame sob anestesia.
   

   Existem  algumas máquinas mais recentes de ressonância nuclear magnética chamado Open MRI scanners que podem ser mais confortável para os pacientes que sofrem de claustrofobia, mas dependerá da qualidade de definição do aparelho, pois muitas vezes a imagem de  resolução é inadequada para uma avaliação da imagem. O processo leva  em média  30-60 minutos.
 

   Os riscos no entanto, parecem ser riscos conhecidos com a exposição às ondas. Existem problemas se o paciente for portador de objetos de metálicos em seu corpo, os quais podem ser atraídos pelo campo magnético deste aparelho. Por exemplo, se o paciente é portador de alguma prótese metálica, um marca passo não compatível com RNM, ou um clip de aneurisma, etc, que foram utilizados em uma cirurgia anterior. Diante desta situação o exame não deverá ser realizado de imediato, e o paciente deverá ser avaliado, e  também deverá informar ao serviço realizará a RNM. O paciente poderá obter o raios-X do  seu crânio ou da  coluna vertebral antes da  realização da RNM para se certificar de que não há fragmentos de metal em seu corpo que possam ser deslocados, e assim provocar um dano com o campo magnético. Alguns exames de RNM são realizados em duas etapas: sem e com contraste. A administração intravenosa de contraste deve ser realizada quando se deseja delinear melhor as estruturas do corpo, tornando o diagnóstico mais preciso.
 

   A RNM é útil para visualizar o cérebro e a medula espinhal, sendo considerada a melhor técnica para avaliar os tumores nessas áreas. As imagens obtidas com a ressonância são geralmente mais detalhadas do que as  da  tomografia computadorizada, porém ela não fornece imagens dos ossos do crânio, assim como a tomografia computadorizada, dificultando observar as lesões dos tumores ósseos no crânio.
 

  - A de RNM com estudo de  espectroscopia por emissão de  prótons  é um exame diagnóstico não-invasivo para medir e avaliara as mudanças bioquímicas que ocorrem no tecido cerebral  especialmente na presença dos tumores cerebrais . Enquanto a RNM identifica a localização anatômica de um tumor, a espectroscopia compara a composição química do tecido cerebral normal com tecido tumoral anormal. Este teste também pode ser usado para detectar mudanças nos tecidos no acidente vascular cerebral e epilepsia.

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   A espectroscopia por RNM e a RNM "convencional" são métodos que se utilizam dos mesmos princípios físicos, diferindo na forma em que os dados são processados e apresentados, onde  avalia-se a  concentração de importantes marcadores neurológicos, permitindo mapear a concentração de metabólitos cerebrais .Em vez das imagens anatômicas da RNM a que estamos acostumados, as imagens de espectroscopia são representadas por um gráfico, que demonstra a distribuição de hidrogênio ligados às moléculas de metabólitos  cerebrais. A espectroscopia pode ser obtida a partir de diversos átomos como hidrogênio, fósforo, carbono, sódio e flúor. De maneira geral, do ponto de vista clínico, a espectroscopia mais utilizada é a de hidrogênio, devido à abundância deste átomo no organismo. A espectroscopia de prótons permite a distinção entre tecidos normais e anormais. 
 

   Os metabólitos identificados pela espectroscopia são: N-acetil-aspartato, colina, creatina, mioinositol, glutamato, glutamina, lactato e lipídios. Em geral, os metabólitos não podem ser estudados em valores absolutos e sua avaliação é feita por meio de relações, sendo, em geral, o denominador a creatina ou, menos comumente, a colina. Ainda deve-se saber que a concentração dos metabólitos varia de acordo com a localização no encéfalo e com a idade do paciente .
 

   Algumas indicações já estão bem estabelecidas: diferenciação entre lesão focal neoplásica e não-neoplásica, diferenciação entre radionecrose e recidiva tumoral, síndromes  demenciais, doença de Alzheimer, doenças infecciosas, encefalopatia hepática subclínica, avaliação de acidentes vasculares  cerebrais isquêmicos, prognósticos de traumatismos graves, epilepsia do lobo temporal, erros inatos do metabolismo etc.

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Dr. João Francisco Crosera

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